Super Aleste

Review: Bored_Cyrus | Data: 02/08/2008 | Última Revisão: 03/08/2011

Ficha
Nome alternativo: Space Megaforce (Estados Unidos).
Plataforma Adaptações/Outras versões Data de Lançamento
Super Famicom/Super Nintendo 28/04/1992 (Japão)
1992 (Europa)
10/1992 (Estados Unidos)
Desenvolvimento Publicação Classificação
Compile Toho Visão Superior / Rolagem Vertical
Multiplayer: Não.
Review


Membro da clássica série Aleste, iniciada pela Compile nos computadores MSX, Super Aleste (ou Space Megaforce, como foi renomeado nos states) tem exatamente tudo o que você poderia esperar de um bom e velho shoot-em-up: toneladas de inimigos, dezenas de coisas explodíveis e pura destruição desregrada. E, claro, como estamos falando de um shoot-em-up da Compile, um arsenal de armas para ninguém botar defeito. Super Aleste é um dos poucos shoot-em-ups realmente satisfatórios do Super Nintendo.

A brincadeira aqui é divida em dois modos: Standard Mode e Short Game (além das cinco modos de dificuldade que você pode alterar no menu de opções). O Standard Mode é, como o nome já denuncia, o modo padrão: todas as fases do game em sequência. Já o Short Game é, assim como seu nome também sugere, um modo mais curto: são apenas quatro fases, um pouco diferentes de suas fases correspondentes no modo Standard, para que você possa praticar ou jogar competitivamente por pontuação. Claro, a diversão de Super Aleste se concentra no Standard Mode: são mais de uma dezena de fases, incluindo alguns estágios mais curtos de bônus que aparecem de quando em vez.

Excetuando, é claro, as fases bônus, os estágios de Super Aleste são bastante extensos. O que era tradição para shoot-em-ups da falecida Compile. Levas de inimigos vêm incansavelmente contra você, mas grande parte do desafio do game é provocado pelos muitos obstáculos posicionados pelos estágios. Muitas vezes, será preciso destruir paredes que obstruem o caminho e evitar algumas armadilhas traiçoeiras, tais como canhões encrustrados nas paredes. Um dos “truques” mais recorrentes do jogo é colocar trechos formados por vários corredores estreitos. De modo geral, vários estágios reaproveitam idéias de games passados da Compile.

O desafio de Super Aleste é bem equilibrado. Mesmo para marinheiros de primeira viagem, é bastante possível permanecer vivo neste game, desde que você não se afobe nos controles e saiba usar as armas certas para destruir os inimigos o mais rápido possível. Se sua arma tiver ao menos cinco níveis de poder (ou caso você tenha um ícone laranja no canto inferior da tela, na parte que mostra o número de vidas), você escapará da morte instantânea, caso seja atingido. Super Aleste tem um sistema de checkpoint simples e sem muitas concessões: se você morre, volta para um ponto bastante distante na fase e ponto. Por outro lado, em caso de Game Over, o jogo é até benevolente: há continues infinitos e você pode tanto recomeçar do último checkpoint como voltar a fase inteira novamente. Esta última opção nem sempre é tão ruim: sempre que você volta a um checkpoint, volta com armas muito fracas. O que nunca é recomendável.

Bem, a “parte mágica” de Super Aleste está mesmo no sistema de armas. Você tem oito tipos de armamento disponíveis, que podem ser trocadas caso você capture os power-ups específicos. Além, é claro, da bomb, aquele típico ataque especial que detona todos os tiros/inimigos da tela, que a maioria dos shoot-em-up dão como último recurso para jogadores desesperados. Algumas armas, interessantemente, possuem mais de um modo de ataque. Você pode alternar entre eles quando quiser, bastando pressionar um botão. Cada arma tem um nível, que você aumenta ao coletar alguns power-ups laranjas ou verdes (o jogo é bem generoso e posiciona vários destes ao longo das fases). Mas chega de conversa, senhoras e senhores, vamos ao cardápio:

  • 1. Multiple Shot: O ataque padrão: alguns tiros que vão em linha reta para várias direções. Esta arma tem vários modos de ataque.
  • 2. Laser: O típico raio laser dos shoot-em-ups (não tão típico, esse aqui mais parece um meteoro para falar a verdade). O segundo modo desta arma atira raios teleguiados contra os inimigos.
  • 3. Circle: A nave lança tiros normais, mas enormes esferas giram em torno dela, provocando dano em tudo no que encostarem. Se você segurar um determinado botão (o que troca os modos de ataque), poderá fazer elas pararem. Útil em lugares com muitos inimigos.
  • 4. Multi-Directional Shot: Esfera de energia que são lançadas para a direção em que se mover sua nave. Como os comandos de movimento da nave e os desta arma se misturam, é bem confuso de se controlar.
  • 5. Missile: Mísseis (oh rly?). Podem ser configurados para serem lançados para direções fixas ou então para perseguirem os inimigos.
  • 6. Power Shot: Um raio de energia, carregando quando o botão de ataque está segurado. Faz um bom estrago, mas é preciso ser calculista para usá-lo corretamente (já que é preicso carregá-lo).
  • 7. Spread: Diversas navezinhas menores caminham junto à sua nave, atacando com tiros retos. Podem caminhar livremente perto de você ou ficarem em posições fixas. A cada novo nível de arma ganho, você ganha uma navezinha a mais.
  • 8. Scatter: Esferas grandes de energia que se fragmentam ao atingirem alguma coisa. Útil para todas as situações, principalmente quando há grupos grandes de inimigos.

Não há muito o que dizer sobre Super Aleste na parte gráfica. Não é um Axelay da vida, mas há vários efeitos Mode 7 no jogo: vários elementos e até cenários inteiros são distorcidos e rotacionados, o que dá um certo movimento a mais no jogo. Super Aleste consegue apresentar gráficos bonitos e coloridos sem precisar provocar os terríveis e imperdoáveis slowdowns, as travadinhas que estragam a graça de grande parte dos outros shoot-em-up do Super Nintendo. A música é, na maioria das vezes, bastante calma e atmosférica, e você provavelmente não ficará prestando muito atenção a ela.

Se você gosta dos outros shoot-em-up da Compile ou então simplesmente quer um jogo de navinha às antigas, sem excesso, não há como errar com Super Aleste. O game é bem divertido e, apesar das fases serem extensas, se vira muito bem para não ficar repetitivo, exibindo uma boa variedade de estágios e uma bela seleção de armas para que você não tenha que ficar explodindo tudo com os mesmos tiros e bombas sem-graça de sempre. Enfim, nem pense em jogar Super Aleste se você tem que acordar cedo amanhã. Você não vai ver o tempo passar…

Avaliação
Estrela CheiaEstrela CheiaEstrela CheiaEstrela CheiaMeia Estrela
Screenshots

Curiosidades
Diferenças entre as versões japonesa e americana

Além do nome, algumas coisas foram trocadas na transição da versão original japonesa para a americana. No menu de opções, a versão japonesa contém a figura de dois personagens em estilo Anime/Mangá, o que foi suprimido na versão americana, provavelmente para se adaptar à cultura americana da época. Abreviações dos nomes das armas e alguns outros nomes foram trocados, bem como a voz que anuncia cada vez que você troca de arma (na versão japonesa a voz é praticamente ininteligível). Alguns efeitos sonoros são diferentes e a sequência final também é diferente na versão japonesa.

Dicas/Segredos
Cena Final Extra (somente na versão japonesa)

Depois que os créditos finais passarem, aperte L e R. O jogo mostrará uma cena extra. Há uma cena extra para cada nível de dificuldade diferente.

Nível de perigo

Parece estranho, mas é possível ativar uma espécie de “medidor” que indica o nível de perigo de uma área durante o jogo. No menu inicial, aperte Select duas vezes. O cursor deverá ficar em cima de Options. Então, pressione e segure Select e aperte Start para iniciar. O medidor é o último digito da sua pontuação. Na escala, o número zero indica áreas de baixo risco e o número sete indica áreas de grande risco.

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