R-Type Leo

Review: Bored_Cyrus | Data: 02/08/2008

Ficha
Plataforma Adaptações/Outras versões Data de Lançamento
Arcade 12/1992
Desenvolvimento Publicação Classificação
Irem Irem (Japão) Visão Lateral / Rolagem Horizontal
Multiplayer: Até 2 jogadores em modo cooperativo.
Review


Cansada de fazer o diabo dos jogadores com seus shooters impiedosamente difíceis, dos quais R-Type 2 e R-Type 3: The Third Lightning merecem destaque, a Irem resolveu pegar leve com R-Type Leo e agradar os jogadores menos pacientes. Afinal, apesar de ter “R-Type” no nome, este game dispensou a dificuldade elevada e o esquema “tentativa-e-erro” que consagrou os demais shooters da série, com estágios mais descomplicados e jogabilidade um pouco mais simplificada.

R-Type Leo parece ser uma espécie de side-story para a história oficial de R-Type, se passando em alguma dimensão paralela. Segundo os poucos textos mostrados no final do game, tudo parece girar em torno de um conflito causado pelo ambicioso projeto Paradise Plan, que tinha como objetivo usar um computador biônico chamado MAJOR para colonizar e criar um mundo ideal. Você, é claro, tem que acabar acabar com toda essa farra, contando com a ajuda de uma tecnologia militar inovadora chamada “Leo”.

Para cumprir a sua árdua missão, você controla a nave R9Leo. Aqui, não há o Force, um dispositivo presente nos outros games da série que podia ser encaixado na parte frontal ou traseira da nave e depois arremessado. Outro elemento de outros R-Type que não está presente aqui é o Wave Cannon, aquele famoso raio que sua nave podia carregar e disparar em seguida. Na verdade, as coisas em R-Type Leo são mais simples: coletando-se qualquer power-up, você altera o tipo de tiro de sua nave e ganha Psy Bits, dispositivos que andam juntam a nave e atiram dependendo do tipo de power-up equipado, também podendo ser usados como escudo.

São três os power-ups que podem ser coletados ao longo das fases: vermelho, que dá um raio laser reto, azul, que garante lasers que rebatem ao tocar os cantos da tela e, por fim, o verde, que atira mísseis. Além do tiro normal, você também tem um ataque mais forte para compensar a falta do Wave Cannon: se você possuir Psy-Bits, você poderá arremessá-los contra os inimigos (o chamado Bit Shot) que estiverem mais próximos, fazendo um estrago bem grande. Mas, claro, há um limite: uma barra no canto inferior da tela se esvazia cada vez que este recurso é usado, e eles não poderão ser arremessados com força total novamente até que ela fique cheia.

As fases de R-Type Leo não têm as mesmas complicações (entenda-se: armadilhas e corredores estreitos) de R-Type e, portanto, bastam algumas partidas para que você as entenda bem — ainda que o game não seja exatamente “fácil”, afinal, poucos Arcades são. Além disso, aquelas situações frustrantes típicas de R-Type — quando você chegava quase no fim da fase, morria sem entender o porquê e era obrigado a voltar um bom pedaço — não acontecem aqui: você pode continuar de onde parou ao morrer. Boa parte do desafio consiste em usar os Bit Shots na hora correta. A coisa só fica realmente feia se você perder seus Psy-Bits: sem proteção e com um tiro totalmente porco, são dois palitos para virar lanche de alienígena, principalmente nas últimas fases. De qualquer maneira, os estágios de R-Type Leo têm conceitos bem interessantes (ainda que sejam curtos) e mostram um certo cuidado da Irem em fazer com que sejam bem distintos uns dos outros, para que nada fique repetitivo.

R-Type Leo tem gráficos excelentes, com destaque para os cenários. Além do sistema de jogo diferente, R-Type Leo também se deu à liberdade de apresentar cenários e ambientes bem mais coloridos e diferentes do que as claustrofóbicas (e indigestas) “cavernas” e fortalezas dos R-Type anteriores. Você começa o game perto da atmosfera de um planeta, repleta de destroços de naves, passando então nas próximas fases por desertos, uma floresta tropical alienígena (o cenário mais bonito do jogo), um tempo em ruínas e, finalmente, chegando ao núcleo do planeta. A trilha sonora é bem calminha e está la por estar — nem nos chefes a coisa fica lá muito excitante.

Os fãs mais puristas de R-Type podem torcer o nariz para R-Type Leo, mas pelas exatas mesmas razões o game pode ser um bom passatempo para quem não tolera a dificuldade dos demais R-Type. Infelizmente (ou não), R-Type Leo não recebeu adaptações e foi o último R-Type a ser lançado para um Arcade: os posteriores, que retomaram a fórmula clássica da série, seriam todos lançados diretamente para consoles domésticos.

Avaliação
Estrela CheiaEstrela CheiaEstrela CheiaMeia EstrelaEstrela Vazia
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