R-Type III: The Third Lightning

Review: Bored_Cyrus | Data: 09/01/2009 | Última Revisão: 03/08/2011

Ficha
Plataforma Adaptações/Outras versões Data de Lançamento
Super Famicom/Super Nintendo Game Boy Advance, Wii (Virtual Console) 10/12/1993
Desenvolvimento Publicação Classificação
Irem Irem (Japão) / Jaleco (América do Norte) Visão Lateral / Rolagem Horizontal
Multiplayer: Até 2 jogadores alternadamente.
Review

Depois de três anos desde R-Type II, a Irem finalmente resolveu dar uma continuação “verdadeira” a sua série de shoot-em-ups mais famosa. R-Type III: The Third Lightning marca o primeiro game da série a ser lançado diretamente para um console doméstico. Claro, a não ser que se considere o terrível Super R-Type, um remake precário (e bota precário nisso) dos dois primeiros games da série, também lançado para o Super Nintendo. A Irem não somente conseguiu entregar um dos poucos shoot-em-ups recomendáveis do Super Nintendo (aliás, os slowdowns são raros aqui: ponto para os programadores da Irem), como também, possivelmente, o game mais difícil da série até então… isso é, antes de R-Type Delta e R-Type Final.

Por mais habilidosos que sejam como planejadores de shoot-em-ups, numa coisa a Irem não melhorou muito desde o início da série: bolar enredos. Se bem que isso não é exatamente relevante para um shoot-em-up… Pela bilionésima vez, o terrível (e aparentemente indestrutível) Império Bydo ressurge com uma nova ameaça, contando com monstrengos e armas ainda mais poderosos para varrer a civilização humana do mapa. E é óbvio que você, como capitão do R-90, que agora conta com duas novas classes de Forces, precisa acabar com a farra Bydo e mandar esses caras chatos e insistentes para o quinto dos infernos de uma vez por todas… Ou pelo menos até você pôr as mãos no R-Type seguinte.

“O quê?! Force?! Tem alguma coisa a ver com Star Wars?!” Se você pegou o bonde andando na série R-Type, o Force é um de seus elementos-chave: uma arma indestrutível que pode ser arremessada ou então acoplada nas partes traseira e frontal da nave. Muito do desafio dos games da série (e consequentemente da graça) consiste em usar o Force de maneira eficaz: não só ela serve como um indispensável instrumento de defesa, como também pode atingir locais da tela às quais seria difícil, ou mesmo arriscado, ir “pessoalmente”. Em R-Type III você tem a opção, logo no começo do game, de escolher um entre os três tipos de Force diferente: Round Force (presente nos games anteriores), Shadow Force e Cyclone Force. Cada um tem suas particularidades. O Shadow Force, por exemplo, é capaz de retornar à nave principal mais rapidamente, se você arremessá-lo e apertar o botão de retorno. Sua escolha também influenciará os tipos de armamento que estarão disponíveis durante os estágios, na forma de três diferentes classes de power-up.

Outra novidade introduzida em R-Type III é o Hyper Shot. Novamente, se você pegou o bonde andando na série R-Type, outra das várias marcas registradas dos games é o Charge Shot: se você segurar o botão de tiro por alguns segundos, uma barra exibida no canto da tela será carregada. Soltando o botão, sua nave lança um raio de energia de proporções colossais. Simples, não? O Hyper Shot neste game é acionado apertando-se o botão R, e é uma versão diferente do Charge Shot normal: você dispara vários tiros mais fortes que o normal por alguns segundos, até que a nave se superaqueça e você tenha que parar com a brincadeira.

Bem, se você jogou outros R-Type, o review até pode parar por aqui. Você já sabe exatamente o que vai encontrar ao longo dos seis estágios do game, ricos em detalhes e em armadilhas para provocar sérias dores de cabeça e ataques de frustração em jogadores mais impacientes e menos dedicados: corredores estreitos, chefes usando truques baixos, inimigos brotando exatamente de lugares dos quais você não gostaria que brotassem, e trechos onde o uso correto do Force faz a diferença entre a sua sobrevivência e o triunfo desses seres alienígenas nefastos. É realmente muito difícil ficar vivo por muito tempo se você for um marinheiro de primeira viagem. O último estágio é dos mais criativos e leva esse negócio de “tentativa-e-erro” até os limites: você tem um “portal” que vai rolando junto com a tela, do qual saem infestações de alienígenas que são irritantemente resistentes. O problema é que, às vezes, será preciso entrar nele para atravessar algumas paredes, exigindo do jogador quantidades anormais de sangue frio e concentração.

O bacana de R-Type III é que há uns três checkpoints espalhados em cada fase e você pode continuar deles quantas vezes quiser — o Game Over só reseta sua pontuação. Então, ao contrário dos R-Type anteriores, que além de tudo tinham a desvantagem de serem movido a fichas, como bons Arcades que são, você pode continuar tentando até se encher ou perceber que já são duas da manhã e você precisa estar no trabalho às 8.

No departamento gráfico, o jogo não mudou muito em relação aos anteriores quanto à temática. A Irem parece ter deixado para trás a experimentação com novos temas feitas em R-Type Leo, voltando aos cenários alienígenas claustrofóbicos característicos da série. É aquele negócio: robôs, fábricas alienígenas, bichinhos esquisitos e, vez ou outra (com destaque para o segundo estágio), cenários que mais parecem uma viagem dentro de um abatedouro alienígena. Na penúltima fase, reaparecem alguns dos chefes que já haviam dado as caras nos R-Type anteriores, como por exemplo aquela gororoba alienígena com vários “tubos” e uma espécie de serpente entrando e saindo por eles. Aliás, o game traz até mesmo algumas das músicas de fundo dos games anteriores, que reaparecem aqui em novas versões.

Enfim, você deve ter notado a abundância de termos como “nos games anteriores” e “série” neste review. Mas, no final das contas, R-Type III é isso mesmo: outro game em cima da bem-sucedida fórmula criada pela mesma Irem 6 anos antes, com adição de alguns poucos elementos e estágios com idéias novas. Se você gosta de um game da série, acaba gostando ou se contentando com o resto, e se você não gosta de um, é provável que não vá se dar muito bem com o resto também. Enfim, obrigatório para quem curte R-Type — e se você já achava os outros frustrantes demais, este aqui provavelmente não vai mudar sua opinião. O jogo ainda recebeu uma adaptação para o portátil GBA, cheia de bugs irritantes que a tornam perfeitamente dispensável. Mais recentemente, foi disponibilizado no Virtual Console do Wii.

Avaliação
Estrela CheiaEstrela CheiaEstrela CheiaEstrela CheiaEstrela Cheia
Screenshots

Dicas/Segredos
Advanced Mission

Se você terminar o game, perceberá que haverá uma “continuação” após a pequena sequência… E também que a “continuação” é, na verdade, o game novamente, a partir do primeiro estágio. Na verdade, o jogo estará bem mais difícil, com inimigos BEM mais competentes. Este é o “Advanced Mission“.

Este artigo foi postado em Reviews, Reviews: Super Nintendo / Super Famicom e marcado como , , , . Adicione o permalink a seus favoritos.

3 comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *