Blazing Lazers

Review: Bored_Cyrus | Data: 05/08/2008 | Última Revisão: 02/08/2011

Ficha
Nome alternativo: Gunhed (Japão)
Plataforma Adaptações/Outras versões Data de Lançamento
PC Engine / TurboGrafx-16 Wii (Virtual Console) 1989 (Estados Unidos)
07/07/1989 (Japão)
Desenvolvimento Publicação Classificação
Hudson, Compile NEC (Estados Unidos) / Hudson (Japão) Visão Superior / Rolagem Vertical
Multiplayer: Não.
Review

Dentre a extensa lista de shoot-em-ups lançados para o PC-Engine — que acabou não fazendo muito sucesso fora do Japão, por consequência limitando o número de títulos lançados por essa bandas — Blazing Lazers é certamente um dos mais interessantes. Co-produzido pela Hudson Soft e pela Compile como parte da série de shoot-em-ups Star Soldier, este game foi inspirado em um filme japonês de ação chamado Gunhed, ficando com este mesmo nome na terra do sol nascente. Como o tal filme só foi lançado nos States sete anos depois, Gunhed acabou passando a este lado do planeta como Blazing Lazers. Título mais estiloso que esse, impossível.

Segundo nos conta o manual, Blazing Lazers tem uma história realmente densa e fascinante: à bordo de um legítimo caça espacial Gunhed, “80 toneladas de um sensacional poder de fogo”, você precisa repelir a invasão do maligno Dark Squadron, que pretende destruir a Terra com “8 super armas”. Fantástico. Mas que diferença isto faz, mesmo? Sendo um game da série Star Soldier, já podemos deduzir logo de cara sobre o que se trata: Blazing Lazers entra naquela clássica definição de shooter espacial, repleto de naves alienígenas e criaturas grotescas preenchendo todos os cantos da tela. Pegue sua nave espacial, arme seus raios lasers (ou melhor, seus “Blazing Lazers”) e prepare-se para livrar o quadrante da presença desagradável de alguma organização/raça alienígena aleatória.

A melhor coisa de Blazing Lazers é, de longe, a boa variedade de armas que você tem à sua disposição para desintegrar seus pobres inimigos. Além de lasers, bolas de energia, metralhadoras e demais armas clichê de shoot-em-ups, há também alguns itens adicionais que você pode colocar na sua nave: mísseis teleguiados, escudos e naves auxiliares. Dizer que o jogo é generoso quanto à quantidade de power-ups que espalha pelas fases é pouco: vira e mexe você verá um novo ícone flutuando na sua tela, seduzindo você a trocar de armas várias vezes ao longo das fases. O jogo tem quatro tipos de armas principais diferentes, além das super-bombas que você poderá usar ocasionalmente.

A destruição ininterrupta de Blazing Lazers se divide em 10 fases, oferecendo pelo menos uns 40 minutos de jogo — isso na hipótese do jogador não morrer muito. Os estágios são extensos e normamente têm “mini-chefes” no meio. A dificuldade de Blazing Lazers está longe de ser exagerada, apesar de haver alguns níveis mais difíceis escondidos: você não precisa ter exatamente reflexos muito rápidos ou memorizar rigorosamente as fases. Sua preocupação no game ficará mais na tarefa de destruir tudo rapidamente, se é que podemos chamar isso de preocupação. Não há segredo ou dificuldade excessiva aqui, desde que você se entupa de power-ups.

Não que Blazing Lazers não seja capaz de te colocar em situações difíceis, também: é sempre um risco deixar que inimigos se acumulem na tela. Além disso, caso você morra, voltará com um poder de fogo deprimente e precisará contar com alguma sorte para achar outros power-ups. Mas ainda há um outro recurso interessante colocado à serviço do jogador: a possibilidade de se controlar a velocidade de movimento da nave, usando o botão Select. Ajuda bastante em alguns momentos ir mais rápido ou mais lento do que o normal, o que pode ser decisivo em momentos de superlotação de elementos inimigos na tela.

É verdade que este shoot-em-up não seja exatamente do tipo “um dano e você morre”. É possível ser atingido e evitar a morte desde que você tenha alguns power-ups, sendo “apenas” reduzido a um tiro mais fraco (o que em situações mais apertadas equivale à morte, de qualquer maneira). Também é possível se salvar caso você tenha um escudo ativado. Se o pior acontecer e você for realmente destruído, terá que voltar um bom pedaço da fase. Esse é sempre um fator irritante aos jogadores menos pacientes, em principal na última fase, que é basicamente um boss-rush, ou seja, uma sequência longa de batalhas contra chefes. Pelo menos, há um consolo — e que consolo — para os menos habilidosos: mesmo após um Game Over, você pode voltar a partir da mesma fase na qual você morreu e tentar novamente, desde que tenha continues.

Apesar de ser um shooter extenso, Blazing Lazers definitivamente não deixa espaço para a monotonia: há bastante interação possível com o cenário (boa parte dos inimigos, aliás, são elementos do cenário, como silos posicionados no solo que lançam mísseis, torres que lançam e tiros e por aí vai) e o jogo apresenta uma boa variedade na parte gráfica. Praticamente cada estágio tem uma temática distinta, e o game não se limita aos confis do espaço: você também cruzará um deserto e o interior do que parece ser um organismo vivo.

Blazing Lazers aproveita bastante a capacidade do PC-Engine, que tinha a distinção de ter um processador gráfico de 16-bits, superior à maioria dos concorrentes da época. O game tem cores bem vivas e atraentes, exagerando também vezes na quantidade de sprites mostrados simultaneamente ao mesmo tempo na tela. Algumas figuras têm contornos pretos, o que passa uma sensação de “desenho”, na falta de termo melhor. O som também é frequentemente citado como um ponto forte de Blazing Lazers: além das poucas vozes digitalizadas que anunciam quando você coleta algum power-up (e que até hoje não consegui decifrar, mas OK), as músicas acompanham bem o clima e o ritmo do jogo. Fica um destaque para a música da última fase, que soa como um Heavy Metal “8-bits” colocado na última marcha!

Blazing Lazers certamente impressiona pela quantidade de ação e pela qualidade dos gráficos e do som, avançados em relação à época em que o game foi lançado (1989). Mas a graça mesmo deste shoot-em-up é ser bem equilibrado em relação à dificuldade, o suficiente para ser aproveitado mesmo por jogadores mais casuais de games do gênero. Gostando ou não dele, uma coisa há de se concordar em relação a Blazing Lazers: poucos games foram honrados com um título tão estiloso quanto esse…

Avaliação
Estrela CheiaEstrela CheiaEstrela CheiaEstrela CheiaEstrela Vazia
Screenshots

Dicas/Segredos
Teste de som

Na tela de título, segure o botão Select e aperte repetidamente os direcionais Direita e Esquerda, até que surja uma tela com o texto “Sound 01“. Use o direcional para escolher o som e o Botão II para ouví-lo.

Área 0 + 30 Continues

Faça o truque para chegar à tela de Teste de Som. Então, pressione Botão I, Botão II e então vinte e duas vezes o botão Select. Segure os botões Select + Run e o jogo deve iniciar na área 0. Depois de derrotar o chefe, o jogo irá começar normalmente na área 1. Você também terá 30 continues.

30 continues

Na tela de título, segure Select e pressione Run repetidamente até que apareça na tela “Area 1“. Você terá agora 30 continues a usar, caso morra.

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