Zero Wing

Review: Bored_Cyrus | Data: 02/08/2008 | Última Revisão: 02/12/2013

Ficha

Review

Se você é desses mais familiarizados com a cultura inútil da Internet, já deve ter cruzado com Zero Wing. Não por causa do game em si e muito menos pelas suas qualidades (que não são muitas), mas sim porque é ele a origem de um clássico dos fenômenos inexplicáveis da Internet, ou memes. Entre 2000 e 2001, comunidades on-line e e-mails começaram a ser entulhados por montagens que faziam graça das frases em péssimo inglês presentes na adaptação do game para o Mega Drive – a mais famosa das quais, “All Your Base Are Belong To Us“, poderia ser grosseiramente vertida para o português como “Todas suas bases são pertencem a nós” [sic]. O “All Your Base” foi um dos primeiros virais a chamar atenção do grande público e ainda integra o vocabulário cômico daqueles que gastam tempo demais em comunidades online – um reconhecimento póstumo curioso para um game que, de outro modo, estaria fadado à obscuridade.

Desenvolvido pela falecida Toaplan, Zero Wing é um shoot-em-up não muito mais que mediano. Os controles são simples. Sua nave dispõe de dois ataques principais: o tiro regular e um raio que atua como uma espécie de imã. Este último é o aspecto mais peculiar do jogo e permite a formulação de algumas estratégias mais elaboradas: com ele, é possível agarrar qualquer elemento inimigo que não seja muito grande (chefes, obviamente, são imunes) e arremessá-lo contra outro adversário.

Sua nave pode ser incrementada por três classes diferentes de power-up: vermelho, verde e azul. O vermelho dá um tiro bastante amplo, o azul fornece lasers que atiram de forma mais concentrada e o verde dá mísseis teleguiados (o mais útil na maioria das situações). Coletar um dos três tipos de power-up seguidamente incrementa seu poder de fogo. Existem, também, outros itens mais raros: o speed-up aumenta a agilidade da sua nave, enquanto o special, raríssimo, turbina ainda mais a potência de seus tiros. Por fim, há também uma super-bomba, que aparece ocasionalmente: ela pode ser capturada e depois arremessada em um ponto qualquer, destruindo boa parte do que estiver na tela.

Em Zero Wing, sua nave dispõe de pequenos satélites auxiliares bem ao estilo Gradius, que caminham juntos à sua nave em posições fixas. Além de multiplicar o poder de fogo da nave principal, também funcionam como um elemento estratégico, bloqueando os tiros que entrarem em contato e evitando que atinjam a nave principal. Ser atingido por qualquer coisa, aliás, significa – como de praxe para shooters horizontais clássicos – voltar automaticamente para um ponto pré-determinado na fase. Em Zero Wing, no entanto, isso não é tão frustrante quanto aparenta. Os estágios são bem simples, sem excesso de armadilhas e obstáculos maliciosamente arquitetados que fãs de R-Type bem conhecem. Os chefes também são simples e não exigem estratégias muito elaboradas para serem derrotados.

Os oito estágios de Zero Wing cruzam uma boa variedade de cenários, com visual característico de um shooter “espacial”: o obrigatório percurso pelo vácuo, barragens de organismos exóticos e enormes bases alienígenas. Graficamente, o jogo não chega a impressionar, mas é bem detalhado. Um porém: toda vez que um inimigo é destruído, a tela pisca com um flash vermelho, um efeito visual irritante que não tem a mínima razão de ser. No geral, o que mais se destaca na apresentação de Zero Wing é mesmo a trilha sonora, principalmente o tema da primeira fase, agora eternizado pela versão Techno / Gabber do The Laziest Men on Mars.

Enfim, Zero Wing é uma experiência morna, mas razoável para uma ou duas jogatinas. Excepcional mesmo, só o Engrish de cursinho…

Avaliação

Screenshots

Curiosidades

Introdução da versão para Mega Drive

In A.D. 2101
War was beginning.

Captain: What happen ?
Mechanic: Somebody set up us the bomb.
Operator: We get signal.
Captain: What !
Operator: Main screen turn on.
Captain: It’s you !!
CATS: How are you gentlemen !!
CATS: All your base are belong to us.
CATS: You are on the way to destruction.
Captain: What you say !!
CATS: You have no chance to survive make your time.
CATS: Ha Ha Ha Ha ….
Operator: Captain !!
Captain: Take off every ‘Zig’ !!
Captain: You know what you doing.
Captain: Move ‘Zig’.
Captain: For great justice.

Trilha sonora

A Pony Canyon e a Scitron lançaram (21/09/1989) um álbum contendo a trilha sonora de Zero Wing, composta por Tatsuya Uemura, Toshiaki Tomizawa e M.YUGE.